sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A beira da loucura

A tarde se vai... lentamente caminho nessa estrada sem destino, pensamento distante a observar a beleza da chuva que cai molhando as ruas. Tento absorver qualquer vibração cósmica que possa te trazer até mim. O nublado do ambiente me faz lembrar teu calor ao mesmo tempo em que me causa nostalgia. Meus olhos aflitos te buscam em cada rosto, quanta frieza sinto nos corpos que por mim passam, penso que, assim como eu, eles também buscam um sentido na vida, estão perdidos, atribulados com seus problemas. Por fim, tento me conformar achando que já não adianta sentir amor, eu devia desprezar-te por não me enxergares, por permitir que teu orgulho seja mais forte que teu desejo, queria esvaziar o coração até que a última gota de sofrimento fosse derramada. Tão longe de mim estás que nem mesmo os meus gemidos de dor consegues escutar. Convenco-me de que morrerei no cais da solidão à espera de do seu regresso, atenta a cada barco que mover em minha direção.

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